Ao me mudar para a Carvoeira, pude seguir uma rotina de um morador conhecido da região,o seu Moacir Bento, o corredor. Corria cedo da manhã, fim de tarde, na chuva, no sol; e tinha ja uns 60 anos, e como corria.
Conversando com outro morador e meu vizinho, Wilson, que é um dos moradores mais antigos também, descobri que o velho Moacir, era da familia que era dona do que seria quase o bairro inteiro, uma chácara antes da carvoraria, e resolvi saber um pocuo mais sobre este lado da historia.
Dona Olga,moradora a mais de 50 anos,e uma das primeiras ,conta quando veio morar nessa regiao, que a principal rua a Capitao romualdo de barros era apenas uma via estreita e de barro, e na localidade, não havia ligação à rede de água. Os habitantes iam até uma bica e um poço na descida da rua para buscar água com baldes, o banho era tomado de bacia.
A instalação da rede de água foi paga pelos próprios moradores diz Wilson: ``compramos os equipamentos, e o governo deu a mão-de-obra. No início, tinha só duas torneiras na rua. Era uma briga”
Segundo o historiador e museólogo Gelci José Coelho, o Peninha, a provável origem do nome Carvoeira, vem após a chegada de Dona Olga,seu Wilson e Geremias, e se deu com a intalação de uma carvoaria para abastecer a draga que trabalhou no aterro da baía Sul, no Centro. O carvão era produzido com madeira de diversas áreas da cidade.
Os antigos moradores,junto com estes moradores, segundo Peninha, eram em sua maioria escravos libertos. “Eles recebiam a alforria e, como não podiam ficar na casa dos senhores, ocupavam terras devolutas em lugares altos e afastados”, diz.
Os antigos moradores,junto com estes moradores, segundo Peninha, eram em sua maioria escravos libertos. “Eles recebiam a alforria e, como não podiam ficar na casa dos senhores, ocupavam terras devolutas em lugares altos e afastados”, diz.
A região também já serviu, de acordo com ele, como fazenda-modelo. O terreno onde hoje fica o Museu Universitário da UFSC, dirigido pelo historiador e museólogo, recebia uma estrebaria.
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Bom, mesmo com mais torneiras, ainda não somos um bairro, mas agradecemos a localização central e a famosa cachaça do Iega.
Muriel,
ResponderExcluirMuito bom o teu post. Você realmente pegou o espírito do blog e deixou a gente conhecer um pouco de uma região de Floripa pela qual passamos sem saber o que rolou ali. Só corrige na edição, porque ficou um espaço grande entre parágrafos, no meio do texto. Abraço Castilho